17 de mar. de 2011

Crianças Hoje, Adoradores amanhã

Cultuar é homenagear, prestar veneração, adorar. Essa é uma prática que nós adultos exercitamos  no cotidiano. Não somente prestamos um culto pessoal(na vida), como também somos participantes do culto público( templo), onde temos a oportunidade de interagir com outras pessoas, exprimir cânticos de louvor com a congregação, elevar a nossa alma a Deus em oração e aprender da sua Palavra, mediante a homilia do sacerdote.
              Para nós adultos, o culto é aprazível porque temos a capacidade de compreender o que se está sendo ministrado. Quanto à criança, o culto torna-se enfadonho, cansativo  e destituído de significado para a vida, pois ainda não tem idade e nem maturidade para compreender toda uma metodologia  que foi delineada para atingir um público, essencialmente, adulto.
              Não é tão difícil detectar a exclusão da criança no culto público. Raramente a ela é convidada a orar, a dirigir um culto, a fazer um solo e a testemunhar. Sempre é tida como expectadora e não como adoradora. Até no momento de sua conversão, não a vemos como alguém que também precisa da graça do Pai. Muitas vezes sua presença passa despercebida em meio aos adultos.  A criança tornou-se um público não  alcançado nas liturgias promovidas por nossas Igrejas.
             Como reparar esse erro? É possível a criança tornar-se adoradora e sentir-se  acolhida e respeitada em nossas Igrejas?
              Acredito que sim. Basta apenas construir uma metologia que seja capaz de alcançar a criança durante seus estágios de maturação. Um culto que  adeque-se à realidade dos pequeninos, constitui-se numa oportunidade de desenvolvimento espiritual para os mesmos.
             Os cânticos, as orações, a proclamação da Palavra  devem ser  trabalhados dentro  de uma linguagem propícia e num espaço apropriado, com dinamismo e criatividade, a fim de facilitar  a aprendizagem da  Revelação de Deus e gerar no coração dos pequenos adoradores o prazer e a alegria de oferecer ao Pai um culto racional.
              Se não acordarmos para essa realidade, o futuro da Igreja estará comprometido. Nossos bancos estarão vazios, pois  as crianças de hoje serão os adoradores do amanhã.

( Pr. Ângelo Mário
Teólogo e Pedagogo)

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